terça-feira, 13 de abril de 2010

Ela é real!

Pensamento distante, longe, lá de longe, viu algum sentido, lembrando de tudo o que foi dito achou tudo muito real, era como uma profecia que estava a se cumprir, tudo se encaixava tão perfeitamente que não soube o que fazer, sentiu medo!
Seu ser parecia entrar em êxtase de agitações, havia algo dentro de si que queria extrapolar, mas o quê? Não havia explicação, não sabia o que era, não havia certezas e o sentimento passageiro parecia não acabar mais, ele a acompanhava sem se ausentar em nenhum instante...
Fez-se presente a incerteza, o momento era propício, pensou em si, nunca soube se definir, e nem nunca gostou. Pele de uma brancura aveludada (como dizem), cabelos pretos e olhos castanhos, uma mulher tão menina, sempre tão certa do que quer, com sonhos, planos e projetos pra um futuro que a seu ver seria moldado pelas suas pequenas e delicadas mãos, almejava concretizá-los um dia [“quando eu crescer”], sonhava com um mundo diferente, mas vivia no real, queria voar, mas fixou os pés no chão, esse chão que para ela já não era tão firme, estremeceu, e ela, “tremeu na base”, o coração palpitou, a cabeça ficou indecisa, se estressou, sonhou, sentiu saudade, quis realizar, desejou...
Depois de um turbilhão de sentimentos fazerem reviravoltas em seu ser, aquietou-se, deixou de lado tudo que a afligia, quis esquecer, o tempo agora fará a parte dele, e ela, que é a estrela do filme que passa em sua cabeça, e protagonista da sua história viu-se mais uma vez como a estrela, e resolveu atuar no filme que estava longe dos contos de fadas, a (sua) vida real!
Ergueu a cabeça e decidiu viver, encarar tudo com a garra de adulta e os sonhos de menina, e foi...

A Rossiny Moura

Dentre tantas coisas que eu poderia te dizer hoje, eu quero apenas ressaltar aqui o amor que tenho por ti. Sentimento bonito, verdadeiro, sincero [...] eu sinto que já existia há quase vinte anos, quando eu estava prestes a nascer, e tu, já me esperavas aqui nesse mundo, esse sentimento brotou no coração de uma forma muito simples: Deus! Foi Ele que fez as nossas vidas terem um elo tão especial, que vai muito além do grau de parentesco que nos faz irmãos, e algo mais, carinho que não se explica, amor que não se mede, tá no sangue. E, na minha memória tão congestionada e nesse coração cheio de marcas, há um lugar que é teu, lugar esse que é único e insubstituível...
Dizer que te admiro seria tão mensurável que eu prefiro não me arriscar, prefiro que o carinho que a ti dedico seja demonstrado por gestos, porque as palavras não descreveriam com total precisão o apreço que tenho por ti, o exemplo de ser humano que és é motivo de orgulho pra mim, como pessoa, como amigo, enfim, como irmão. E, mesmo que eu não te demonstre a todo instante, saibas que és parte que me completa e que faz de mim uma pessoa mais feliz!

domingo, 11 de abril de 2010

De súbito


Surgiu assim
Tão de repente
Através de lembranças
Um carinho inexplicável
Sonho, realidade, fantasia (...)
Sabe-se lá como definir.
Momento único
Tão mágico
Um encantamento puro
Olhos que se entreolhavam profundamente
Sorriso largo
O ser se modificou
E, com pouco tempo
Se foi.
Mas...
Permaneceu!
Como explicar?
Não sei!

Solidão acompanhada

Pleno dia de domingo, e lá estava ela, unhas vermelhas, camiseta preta, jeans e all star, olhos marcados fortemente pelo lápis preto e o rímel inseparável, com planos impedidos por uma chuva incessante, totalmente sem companhia e sem algo que chamasse a sua atenção, voltou-se para o quarto, seu maior refúgio, nada mais lhe prendia a atenção, recorreu ao violão, último companheiro escolhido a dedo por ela, dedilhou algo que não sabia dizer o que era (exercícios, coisas de aprendiz), pensamento fixo no som que tocava agora, "3x4", e a memória veio acompanhar-lhe na solidão da casa vazia, lembranças apareciam em flashes, sentiu saudades...
Lembrou de momentos que fazem falta em sua vida, da infância, do avô (maior porto seguro), das brincadeiras na pracinha de barro, dos saltos da mãe, das brincadeiras sem graça dos amigos do irmão, de uma amizade jurada até a eternidade, da escola, dos códigos [aaaaaah...], dos amores proibidos, dos banhos de chuva, de verões em família, de lugares e companhias, de um abraço, de tantas férias, de janeiro [...]
E uma lágrima escorreu manchando o rosto de preto, borrando a maquiagem.
Memórias do passado, lembranças ... Estas não cansam de chegar, de se mostrarem presentes na vida dela e a cada instante, a saudade aumenta, agora, com um sorriso largo e boas recordações!

I need sometime

Quis correr, me esconder, fugir... Sumir por tempo indeterminado! Preciso com uma certa urgência dar um tempo de mim. Me perder nas ruas desertas, estar invisível para que assim ninguém me encontre e nem esbarre em mim por descuido, o que acontece sempre com a correria do dia-a-dia.
Tenho caminhado dentro do meu ser e observado com cautela cada esquina, cada recanto de mim mesma, estou relendo os capítulos da minha história escritos até aqui, revivendo cada riso e cada pranto, absorvendo a experiência que por lapso ou talvez por mera imaturidade eu deixei escapar, e, mais uma vez eu decido: Preciso com urgência dar um tempo de mim!
Se, por acaso, precisares de mim, eu estarei por ai, vagando por essas ruas desertas, ou sentada em qualquer esquina, observando a lua enquanto ela me guia, e, pode não ser tão simples me encontrar, estou em greve, passando um tempo em standby. Decreto meu para mim mesma: Recesso por período indefinido! Na dúvida, não sei se me acompanho ou se me deixo só, acho que melhor é andar só, porque assim, quando voltar, terei novidades para (me) contar, e, não se preocupe, na volta, sim, porque eu não pretendo me acostumar longe de mim para sempre, eu contarei também a você as novidades, tudo o que eu vivi, o que busquei e os ensinamentos que obtive, afinal, tudo serve de lição! Quando elas (as lições) me encontrarem e me forem úteis, eu sairei de standby, por tempo indeterminado!

O que me falta e me completa


Me faz tão bem
Os pensamentos se perdem
E paira um sossego
Nos sentimentos avassaladores
Os olhos fitam o horizonte
Enquanto os lábios cantarolam
Uma melodia improvisada
E o pensamento viaja até ti
Tão leve, tão livre
Sinto-me eu mesma
Mas, e você?
Cadê?
Faz falta
Ao meu abraço vazio
Enquanto na lembrança
Permanece teu cheiro
Teu abraço...
Que me faz falta
E...
Que me completa!