Criado durante a capacitação no dia 19 de julho de 2010, transformando um 'causo' em poema. Conto aí a história que se passou em 1999 quando todos da Rua D'água em Amaraji acreditavam ser o fim do mundo, como já havia previsto Mãe Diná.
Eu poderia descrever cada detalhe do que há em ti e se tratando de sentimento, diria que não há ninguém nesse mundo que te conheça como eu, me arriscaria ainda em dizer que amor igual a esse aqui você não encontrará nunca. É, isso mesmo! Eu não pretendo com isso me condecorar, mas sinceramente, eu te amei com todas as forças que existiam em mim, tomei posse de todo amor dessa vida pra a ti entregar, em mínimos detalhes eu via você, por muito tempo eu só te enxerguei, vivi por um eterno ‘nós’ e esqueci a primeira pessoa do singular, suguei todo o sangue que passava pelas veias, esses que me mantinham viva, para viver por você e aconteceu que eu simplesmente morri! Eu precisei de um socorro urgente para reativar as veias e assim reviver, se é que você me entende, até porque, enquanto eu vivi por você, eis que você não notou, e quando morri por você, você também não notou, a minha existência tornou-se sem graça nesse mundão aí, eu cansei de esperar retorno por tudo que fiz e os sentimentos me sufocaram, quis livrar-me de uma vez por todas deles, quis que eles se fossem e nunca mais visitassem o meu ser, preferi viver inerte e, por favor, não venha agora ter dó de mim. Eu odeio hipocrisia e você bem sabe! Com os socorros, eu revivi, diria, só que eu vi que precisava de vida, de sorrisos, de luz, de amigos, de verdade e de amor, eu tive que reaprender a viver, e como uma criança, eu estou (re)começando passo a passo a crescer, mas eu estou dispensando você.
E hoje, eu estou aqui para mostrar a você e ao mundo que eu me reergui, que eu estou mais viva do que nunca e mesmo sabendo ainda contar os teus mínimos detalhes, eu esqueci você e vivo para mim. No eterno da minha vida, você foi um capítulo que passou e continua escrito para que assim eu me lembre de como eu não mais devo ser.