terça-feira, 27 de julho de 2010

Onipresente


Você me fez uma falta inexplicável
Naquela multidão, um vazio sem fim
Me faltou você aqui.

Profunda e insanamente eu desejei
Simplesmente ter-te aqui
Os abraços e beijos que só você completa
Ficaram na imensidão desse vazio
Esperando você pra os findar.

“Eu vou estar sempre contigo”
Você me prometeu, e, cumpriu!
Sim, em todos os momentos permaneceu aqui
A distância não impediu a presença
Que pelo coração está eternizada
E você, em todos os momentos, esteve aqui.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Era destino!


Eram metades imperfeitas, completavam-se assim
Segredos e confissões, daqueles íntimos ao extremo
Sempre foram mantidos com sinceridade
E, de repente, desabou!
Acabou ali, sem um ponto final
Restaram as reticências taciturnas...
Fruto de inveja alheia tão desonesta, pretensiosa
A amizade desgastou...
E o orgulho falou mais alto, acabou.
No coração restou o amor reprimido
Desejoso de explodir, mesmo que tão altivo
O tempo, as afinidades, Deus...
Fizeram acontecer reaproximação
E o amor reprimido tão gigante, ressurgiu.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Aos meus...


São as mãos que se estendem na hora da penúria
Os sorrisos que curam minhas dores
Sintonia no olhar, amor de verdade
Corações que se completam com tamanha perfeição
São dádivas divinas
São Deus em forma de gente na minha vida
São um, mesmo sendo tantos
E ao mesmo tempo, poucos.
São os tantos poucos, escolhidos a dedo
Que incluo uma lista decorada de sorrisos
Onde eu carrego com os meus mais lindos sentimentos
Os que chamo verdadeiramente de meus amigos!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Era o fim


Pelas previsões de Mãe Diná
O mundo estava  prestes a acabar
Em meados de 1999
Tudo parecia se concretizar

A claridade dominava
Enquanto o fogo ateava
E os moradores se agitavam

“Corram, venham todos!”
“É o fim, o mundo vai acabar!”
 Joelhos no chão pediam perdão
Uns desfaziam-se de jóias
Outros corriam pelos redis

Os gritos dominavam a rua D’água
Todos se concentravam no centro
Queriam morrer juntos, abraçados!
Afinal,
Pelas previsões de Mãe Diná
O mundo ia acabar.

Depois de muita confusão
Desespero, gritaria e soluços
Alguém chega e anuncia:
“Parem, acalmem-se já, oxe...!”
O mundo não está acabando não
Todo esse caos
É simplesmente um curto circuito.



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Criado durante a capacitação no dia 19 de julho de 2010, transformando um 'causo' em poema. Conto aí a história que se passou em 1999 quando todos da Rua D'água em Amaraji acreditavam ser o fim do mundo, como já havia previsto Mãe Diná.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Na realidade...


Diante da TV nada seduz
Não existe mais respeito alheio
Esqueceram que o ser é humano
E os tratam como animais
Corpos artificiais, repletos de silicone
Induzem ao consumo abusivo do álcool
Bem exposto o slogan “beba com moderação”
Na prática articula o inverso.
E enquanto a humanidade se aniquila
Em tronos poderosos
Com mesas imensas de café da manhã
E jornais sangrentos expostos
As autoridades mantêm-se intransigentes
E a humanidade caminha para trás
Com sonhos se transformando em ilusões...
Fantasiando um mundo irreal!

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Você foi.


Era para sempre! Sim, eu juro que era...
Eu poderia descrever cada detalhe do que há em ti e se tratando de sentimento, diria que não há ninguém nesse mundo que te conheça como eu, me arriscaria ainda em dizer que amor igual a esse aqui você não encontrará nunca. É, isso mesmo! Eu não pretendo com isso me condecorar, mas sinceramente, eu te amei com todas as forças que existiam em mim, tomei posse de todo amor dessa vida pra a ti entregar, em mínimos detalhes eu via você, por muito tempo eu só te enxerguei, vivi por um eterno ‘nós’ e esqueci a primeira pessoa do singular, suguei todo o sangue que passava pelas veias, esses que me mantinham viva, para viver por você e aconteceu que eu simplesmente morri! Eu precisei de um socorro urgente para reativar as veias e assim reviver, se é que você me entende, até porque, enquanto eu vivi por você, eis que você não notou, e quando morri por você, você também não notou, a minha existência tornou-se sem graça nesse mundão aí, eu cansei de esperar retorno por tudo que fiz e os sentimentos me sufocaram, quis livrar-me de uma vez por todas deles, quis que eles se fossem e nunca mais visitassem o meu ser, preferi viver inerte e, por favor, não venha agora ter dó de mim. Eu odeio hipocrisia e você bem sabe! Com os socorros, eu revivi, diria, só que eu vi que precisava de vida, de sorrisos, de luz, de amigos, de verdade e de amor, eu tive que reaprender a viver, e como uma criança, eu estou (re)começando passo a passo a crescer, mas eu estou dispensando você.
E hoje, eu estou aqui para mostrar a você e ao mundo que eu me reergui, que eu estou mais viva do que nunca e mesmo sabendo ainda contar os teus mínimos detalhes, eu esqueci você e vivo para mim. No eterno da minha vida, você foi um capítulo que passou e continua escrito para que assim eu me lembre de como eu não mais devo ser.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

(Des)apego


Você se foi sem aviso prévio
Deixando-me perdida, sem rumo.
Eu te busquei em lugares tão inusitados
Na esperança de te encontrar depressa
Ou, quem sabe até um vestígio seu
Notícias, boatos, rumores...
Um bilhete rasgado preu juntar os pedaços
E quem sabe, decifrar esse enigma!

Por que você não me preveniu?
Eu preciso muito de você
E, você bem sabe!
Há algo aqui dentro que grita por você
Que só sente o seu cheiro,
Só sabe o seu nome e só escuta a sua voz
Aqui dentro só tem você.

Você bem que poderia me dizer
Talvez assim eu tivesse tempo de me preparar
De limpar a casa, arrumar sua bagagem
E desejar boa viagem.
Mas, você sequer pensou nas consequências
Seu egoísmo foi superior.

Agora eu procuro os pedaços, junto os cacos
Varro e jogo os resquícios que ficaram aqui
Chorando as dores da sua ausência
Tentando superar, deixar que você se vá de vez
E talvez até desejar com a sinceridade que ainda existe em mim
Que você seja feliz
"Mesmo sabendo que não será mais possível pra mim!"