quinta-feira, 1 de julho de 2010

(Des)apego


Você se foi sem aviso prévio
Deixando-me perdida, sem rumo.
Eu te busquei em lugares tão inusitados
Na esperança de te encontrar depressa
Ou, quem sabe até um vestígio seu
Notícias, boatos, rumores...
Um bilhete rasgado preu juntar os pedaços
E quem sabe, decifrar esse enigma!

Por que você não me preveniu?
Eu preciso muito de você
E, você bem sabe!
Há algo aqui dentro que grita por você
Que só sente o seu cheiro,
Só sabe o seu nome e só escuta a sua voz
Aqui dentro só tem você.

Você bem que poderia me dizer
Talvez assim eu tivesse tempo de me preparar
De limpar a casa, arrumar sua bagagem
E desejar boa viagem.
Mas, você sequer pensou nas consequências
Seu egoísmo foi superior.

Agora eu procuro os pedaços, junto os cacos
Varro e jogo os resquícios que ficaram aqui
Chorando as dores da sua ausência
Tentando superar, deixar que você se vá de vez
E talvez até desejar com a sinceridade que ainda existe em mim
Que você seja feliz
"Mesmo sabendo que não será mais possível pra mim!"

4 comentários:

  1. "Ou quem sabe até um vestígio seu..." dentro desse coração-poeira, revestido pelos (de)sabores dessa sua incongruente presença tão insistida em vagar por esses cômodos turvos e amortecidos desse músculo cavernoso e tão terrivelmente aconchegante, por estares demasiado perto.

    Lhe agradeço por este verso, trouxe-me uma ponta de inspiração e agora um poema imcompleto. Termina-lo-ei. Estás vendo, querida? Eu tenho o dom da percepção! Hahaha! Nunca duvide quando eu disser que uma pessoa tem potencial, e vc o tem. Parabéns!

    ResponderExcluir
  2. Que feliz que eu tô, brigaaaada, meus amores. Eu amo muito vocês, viu?
    E, Karol, eu quero ver concluido.
    beijos

    ResponderExcluir