terça-feira, 3 de agosto de 2010

Nessa busca, serei sempre outra, enquanto for alguém


Enquanto eu te pedia que ficasse
Torcia que você fosse embora, pra sempre
Que me libertasse dessa prisão e,
Me deixasse viver a minha vida
Esta que eu nunca soube que existia

Você está na minha casa, nos móveis
Nos banheiros, na cozinha,
Impregnado nas minhas roupas
O seu perfume vive em mim

Como se estivesse numa prisão
Vivo só por você, não existe eu
Na verdade, nunca existiu, suponho
Comecei a viver depois de conhecer você
Antes tudo era inércia

Os verbos não se conjugam na primeira pessoa do singular
E, para saber quem de fato sou
Pra que exista finalmente um eu
Eu te peço que se vá, pra sempre.
Assim, eu poderei chamar de minha
A minha vida!

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